Caco Velho
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About Caco Velho

Mateus Nunes (Porto Alegre, 1920 – São Paulo, 1971), mais conhecido pelo nome artístico “Caco Velho”, foi um cantor, compositor e instrumentista brasileiro.
Interessou-se pelo samba desde cedo. Em 1932, estreou na Rádio Gaúcha como pandeirista do Conjunto Regional de Piratini. O apelido Caco Velho foi-lhe dado por sempre cantar a canção “Caco Velho”, de Ary Barroso em suas apresentações. Em 1940, mudou-se para São Paulo, indo tocar no Cassino OK. Em 1941, compôs com Mutt o samba “Olá como vi o senhor” gravado pelo grupo Os Pinguins na Odeon. Em 1943, foi para a Rádio Tupi, ficando conhecido como “o homem da cuíca na garganta” por imitar o som da cuíca com a voz. No mesmo ano, sua toada “Mãe preta” foi gravada pelo Conjunto Tocantins na Continental.

Em 1944, estreou em disco pela Odeon com os sambas “Briga de gato”, de Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins, e “Maria caiu do Céu”, de sua parceria com Nilo Silva. No ano seguinte, transferiu-se para a Continental e lançou os sambas “Samba russo”, seu e Heitor de Barros e “Mania da Rita”, de Conde e Nilo Silva. No mesmo ano, gravou mais quatro sambas “Deu cupim”, de Henricão e José Alcides, “Chinezinha”, de sua autoria e Heitor de Barros, “Bombocado”, de Denis Brean e “Que baixo!”, parceria com Lupicínio Rodrigues. Em 1946, seu samba “Não bobeie Calamazu”, parceria com Nilo Silva foi gravado na Continental pelos Namorados da Lua. No mesmo ano, gravou os sambas “Meu fraco é mulher”, de Conde e Heitor de Barros e “É doloroso”, de Heitor de Barros e Alfredo Borba, a batucada “Até onde vai o tubarão”, de sua autoria e Mauro Pires e a rancheira “A safona do Gaudêncio”, de Heitor de Barros e Conde.
Em 1948, gravou a marcha “Chico Pança”, de Antônio Almeida e Alberto Ribeiro e o samba “Alegria de pobre”, de Ciro de Souza. No ano seguinte, lançou os sambas “Vou me desabafar”, de Osvaldo França e Francisco Lacerda e “Brasa na mão”, de Conde e Jair Gonçalves. Em 1950, gravou o samba rumba “Porto Rico”, de sua autoria e Heitor de Barros e o samba “Barriga vazia”, de B. Fonseca e Luiz Alex. No ano seguinte, lançou os sambas “Mulher abandonada”, de sua autoria e Heitor de Barros e “Curto reinado”, de Conde e Zé Maria. Em 1952, aderiu à moda do baião e gravou o “Abraço do baião”, de Luiz Gonzaga e David Nasser. No lado A desse disco, registrou a polca “A sanfona do jumento”, de sua autoria e Vera Porto.
Em 1954, sua toada “Mãe preta” foi regravada na Continental pela cantora Maria da Conceição, na Sinter por Gilda Valença e na RCA Victor por Ester de Abreu. No ano seguinte, foi regravada na Continental por Edson Lopes. Dois anos depois, foi regravada como toada baião por Dirceu Matos na Polydor e se constituiu em seu maior êxito como compositor.
Ainda em 1954, passou a atuar na Columbia e lançou os sambas “Estourou a bomba”, de Cyro Monteiro e Dias da Cruz e “Uma só vez”, de sua autoria. Apresentou-se como crooner do conjunto de Robledo e depois, da orquestra de George Henri, com quem foi para Paris em 1955, onde permaneceu até 1957 no cabaré La Macumba. De volta a São Paulo, abriu sua primeira casa noturna, a Derval Bar. Ainda em 1955, gravou na Columbia os sambas “Vida dura”, de David Raw e Jucata e “Jundiaí”, de sua parceria com A . R. Robledo. No ano seguinte, tranferiu-se para a RGE e lançou os sambas “Absolutamente certo”, Edson Borges e “Porquoi”, de sua autoria e Jandir T. de Castro.
Em 1958, foi contratado pela gravadora Continental e estreou com o samba “Bota graxa”, de sua parceria com Heitor Carrilho e a marcha “Chegou de Portugal”, parceria com Sílvio Arduíno e Edaor. Nessa mesma época lançou o LP “Vida noturna”. No ano seguinte, gravou o samba “Banca de rei”, parceria com Heitor Carrilho e Filhinho e a “Marcha do Habib”, de Habib. Em 1960, gravou o samba “Passe bem”, parceria com Heitor Carrilho e Filhinho e o baião “Eh boi”, de Hervé Cordovil. No mesmo ano, gravou os sambas “Esterzinha Bueno”, parceria com Haroldo Maranhão, homenagem à tenista Ester Bueno que se destacava no cenário internacional na quela época. Por esse período, abriu outra casa noturna, a Brazilians Bar.
Em 1961, formou seu próprio conjunto e com ele gravou os sambas “Tem que ter mulata” e “A voz do sangue”, do compositor gaúcho Túlio Piva. Em 1962, treve o samba “Porquoi (Nega sem sandália)”, com Jadir de Castro, gravado por Pedrinho Rodrigues, no LP “Tem que balançar”, da Musidisc. Em 1963, voltou para a Continental e gravou “A cuíca está roncando”, de Raul Torres e “Onde está”, de sua autoria e Lúcio Martins. Por essa mesma época lançou o LP “O comendador da bossa nova”.
Por volta de 1966, partiu para San Francisco, nos EUA, com o conjunto Brazilians Bar e lá ficou até 1968, quando seguiu para Lisboa, apresentando-se em teatros, rádios e televisão. De volta a São Paulo em 1970, abriu a casa noturna “Sem Nome Drinks”. Ainda em 1970, participou do programa Som Livre Exportação, na TV Globo. Suas composições mais famosas foram “Mãe preta” e “Barco negro”, ambas gravadas por Amália Rodrigues e tocadas em boa parte do mundo.

(Foto de Amália Rodrigues com Caco Velho, com dedicatória da fadista)

Muitos críticos, sem saber que o compositor era brasileiro, o consideravam um importante fadista português. “Barco negro” tornou-se sucesso internacional e um dos maiores triunfos da cantora Amália Rodrigues. Muita gente pensava que a música fosse até do folclore português, tão famosa ficou na voz de Amália Rodrigues que a gravou várias vezes. Morreu prematuramente aos 51 anos de idade.

Fonte:

Caco Velho


Dicionário Cravo Albin

Interessou-se pelo samba desde cedo. Em 1932, estreou na Rádio Gaúcha como pandeirista do Conjunto Regional de Piratini. O apelido Caco Velho foi-lhe dado por sempre cantar a canção "Caco Velho", de Ary Barroso em suas apresentações. Em 1940, mudou-se para São Paulo, indo tocar no Cassino OK.

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