A história diz que, em 1991, Cláudio Márcio ouviu uma música que Gustavo gravou junto com Rodriguez (amigo que os 2 tinham em comum), Cláudio tinha gostado do som e intimou Gustavo a cantar na banda dele. Num documentário independente, intitulado “A lírica Bereta”, disponível no canal oficial do Black Alien no Youtube, Gustavo diz o seguinte, sobre como foi o convite de Speed para a banda: “Eu fui na casa do Rodriguez, eu ouvi uma rima que você fez, eu gostei. E eu sou o Speed, eu sou foda, eu toco muito baixo, eu toco baixo há dez anos, eu sou músico e eu quero você na minha banda […]”. Ainda no documentário Gustavo explica: “Speedreaks era o nome artístico do Speed (enquanto) solo. Na verdade, ele escolheu esse nome assim, (Speed) queria montar uma banda no início dos anos 90, e deram uma lista de nomes pra ele, e nessa lista de nomes, como ele conhecia uma galera que andava de skate comigo, alguém sugeriu o nome Speed Freaks, que era o nome de um filme de skate da Santa Cruz Skateboards (uma marca de Skate Profissional da Califórnia.)” Assim fariam parte, Cláudio, que nesse momento era chamado de Speed Gonzales, Gustavo, que usaria o seu primeiro pseudônimo Bulletproof, e Dj Rodriguez, completando o grupo Speed Freaks.
Na época onde predominava o oldschool e o rap de São Paulo, eles começaram a fazer som com 2 MCs e 1 DJ, e nessa formação gravaram no estúdio Groove uma fita demo de forma bem caseira.
Um fato interessante que Gustavo diz é que num certo carro, em que seu dono sofre um acidente fatal em 1997, entre as fitas cassetes que estavam dentro do porta luvas, umas delas era a demo do grupo Speed Freaks. Esse carro pertencia a nada menos que Chico Science, precursor do movimento Manguebeat, essa fita teria chegado em suas mãos e depois do acidente foi encontrada por Jorge du Peixe.
Em ‘95 a dupla começou a se desentender por conta dos temperamentos diferentes e o grupo separou-se. Gustavo nessa época chegou a participar do Planet Hemp e depois junto do Dj Rodriguez tocou o Projeto Black Alien, que durou um pouco e em seguida desmantelou-se, mas foi a partir daí que ficou com seu nome artístico definitivo. Speedfreaks & Black Alien voltariam como dupla em 1999, mudando-se pra São Paulo para tentarem a vida propriamente como músicos. Durante esse período escreveram, gravaram e se apresentaram muito, ainda nas palavras de Gustavo: “num ritmo alucinado”. Speed conta o detalhe de que eles nunca ensaiavam, apenas iam escrevendo e memorizando enquanto viviam num ritmo de festa constante, e que isso refletia na música deles. Dessa época, apesar de todas as complexidades, desgastes e demora, chegaram a conseguir ter um disco pronto, mas que mesmo assim nunca viria a ver a luz de ser lançado oficialmente. Não se sabe até hoje como esse disco seria por completo.
Por fim, o grupo se separou definitivamente em 2003 e cada um se dedicou a carreira solo. Black Alien permanece na ativa até hoje, sendo um prestigiado rapper, cantor e compositor. SpeedFreaks continuou produzindo e lançou várias músicas, mas infelizmente na madrugada do dia 26 de março de 2010 foi encontrado morto. O caso foi tratado como homicídio e segundo a polícia, Speed pode ter sido morto por narcotraficantes que o teriam confundido com um policial.
Black Alien & Speed foi um grupo considerado à frente do seu tempo, era um rap muito experimental para quem ouvia, tanto na letra como na sonoridade, faziam uma mistura de Rap com Ragga,Drum and bass e Miami bass, por vezes cantadas em inglês e português, num ritmo as vezes descompassado mas que não deixava de ser sempre muito criativo. Trouxeram novas influencias e inspirações para a cena do Rap no Rio de Janeiro e Brasil.
“Papai quando crescer quero ser um MC, ser um MC como Black Alien & Speed…”
Black Alien & Speed's first album Jah Overall released on Thu Jan 01 1970.
The most popular album by Black Alien & Speed's is Jah Overall
The most popular song by Black Alien & Speed's is Mulheres e Crianças Primeiro (Timoneiro)
Black Alien & Speed's first song Ninguém Vale um Vintém released on Thu Jan 01 1970.