No perigeu, endolua
Luz no pântano celestial
Sete alegrias de Maria
Jato reto numa espiral
Meu coração, endolua
O orvalho do anoitecer
Amazona negra do sol boreal
Sangra o céu pro dia nascer
Ela se arrasta pela floresta
Do outro lado da montanha
Oculta com uma cabeça de rã
Numa cratera a sussurrar
Eu tiro o filtro dos meus sonhos
A tentação vem logo atrás
Ela sabe meu esconderijo
Acende três velas ao entrar
Na Terra Oca um pássaro decola
Rumo à minha próxima versão
Não temo mais me tornar você
Vou descobrir em seu jardim
O que você enterrou de mim
Psicopompo, endolua
Luz no pântano celestial
Sete alegrias de Maria
Jato reto numa espiral
Meu coração, endolua
O orvalho do anoitecer
Amazona negra do sol boreal
Sangra o céu pro dia nascer
Há uma luz que nunca se apaga
É ela que enxergo cada vez que olho pra trás
Eu me vejo tropeçando
A carne crua desejando
E agora meus restos estão na minha própria refeição
Há uma luz que nunca se apaga
Num corredor cheio de fantasmas de você
O caminho é um só
Jaz numa cama de pedra o orgulho de uma canção
O perfume da decomposição
No peito aberto, endolua
Luz no pântano celestial
Sete alegrias de Maria
Jato reto numa espiral
Meu coração, endolua
O orvalho do anoitecer
Amazona negra do sol boreal
Sangra o céu pro dia nascer
Atrás da porta não há segredos
Nem dúvidas no buraco negro
Todo meio é pra libertar
Todo fim é pra te encontrar
Eu sei onde o meu satélite está
Sinto a última onda chegar
Eu sei onde o meu satélite está
Sinto a última onda chegar
Crescente em mim, endolua
Luz no pântano celestial
Sete alegrias de Maria
Jato reto numa espiral
Meu coração, endolua
O orvalho do anoitecer
Amazona negra do sol boreal
Sangra o céu pro dia nascer
No perigeu, endolua
Luz no pântano celestial
Sete alegrias de Maria
Jato reto numa espiral
Meu coração, endolua
O orvalho do anoitecer
Amazona negra do sol boreal
Sangra o céu pro dia nascer